nesta noite que não é de primavera
é inverno me traindo e ressurgindo
minha saudade tão perdida
em tantas alvoradas
já não eras a noturna melodia
das teclas em eterna euforia
me fazias vibrar na eternidade
de teus braços fortes que me cuidavam
sem alarde
e me protegiam de todas as ventanias
agora nada resta se não esta saudade
para sempre fadada à eternidade
de meus tempos soltos ao vento
tormento de um viver em agonia
sempre viva a imagem na esquina
do pecado que fugia a sua sina
me deixando vagando e chorando
buscando recordar
teu vulto
já é branco e os cabelos tão macios
pelo vento tocados e amados
eternos como nosso viver
desfigurado
marcado pelo amor que já partiu
existiu!
sandra waihrich tatit
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